segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Para seu filho gostar de ler

Autores consagrados de livros infantis defendem: para incentivar a leitura nas crianças, é preciso deixar que elas escolham

Camila de Lira, iG São Paulo 
Getty Images
Pais devem ler para seus filhos e para eles mesmos, indicam autores
O que Pedro Bandeira, Angela Lago e Ana Maria Machado tem em comum? Além de todos serem autores infantis de sucesso, eles concordam em uma coisa: só se pode incentivar crianças a ler se os adultos também lerem. E para eles a criança precisa descobrir qual forma e por qual meio prefere ler. “Não conheço uma criança que não goste de histórias”, diz a ocupante da cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras Ana Maria Machado, autora de mais de cem livros – entre eles “Menina Bonita do Laço de Fita” (Editora Ática).
Os autores ressaltam a importância de se contar histórias para as crianças antes mesmo que elas aprendam a ler. Ângela Lago, autora de “Cenas de Rua” (Editora RHJ), destaca que uma criança que compreende uma história consegue entender os diálogos da vida.“Os pais que contam histórias para as crianças vão formar leitores. Leitores de tudo: da vida, do dia a dia, do outro, do teatro, do cinema, da TV, da internet”, afirma Ângela.
Nesse ponto, Ana Maria diz que a leitura de quadrinhos pode ajudar em muito. “É mais difícil ler quadrinho que livro. O quadrinho exige que você saiba quem está falando, e a criança tem que perceber as relações temporais, é uma narrativa muito mais complexa”, diz. Pedro Bandeira, autor de “O Fantástico Mistério de Feiurinha” (Editora FTD), diz que os pais precisam deixar que a criança leia tudo, sem preconceitos. Só assim a sua curiosidade vai ser saciada.
De acordo com Ângela, é importante que as crianças escolham os livros por si mesmas. “Todo o livro pode ser fechado na página 2 ou 3, não tem importância. Há livros demais, e as crianças irão encontrar algum que goste”, diz. “Não existem maus livros. Mal faz não ler”, completa Pedro. Por isso, é bom que os pais deixem que os filhos entrem em contato com livros diferentes.
Como é complicado que os pais saibam e até tenham os um grande número de títulos, a escola se torna fundamental. Os autores afirmam que o papel da escola é tanto pré-selecionar alguns livros para as crianças, quanto prover um ambiente de leitura. Ângela Lago destaca a importância da biblioteca na formação de leitores. “A leitura não está presa ao consumo, ela requer uma escolha de qualidade e um tempo grande para absorver. As crianças aprendem isso na biblioteca”, diz.
Assim, a internet também pode servir como uma plataforma para que as crianças tomem gosto pela leitura. “A internet é mais um meio escrito. Meio bastante rápido. Antigamente, tinha que procurar numa enciclopédia, que normalmente estava desatualizada”, diz Pedro Bandeira. A preocupação de que ela vai substituir o livro, segundo Ana Maria, é descabida. “A internet vai substituir o livro de consulta, o dicionário, mas não a ficção”, completa.
Segundo os autores, de nada valem todos esses esforços se os pais não lerem para eles mesmos. “Uma criança tem a tendência de comer com a mão. Ela só usa talheres porque vê os pais usando. É a mesma coisa com os livros”, resume Ana Maria. 

9 dicas para contar histórias em casa

Todas as mães e pais estão cansados de saber que contar histórias é benéfico às crianças – mas muitos precisam de uma mãozinha para se soltar ou adquirir o hábito. Por isso, fomos ao evento pedir aos profissionais da área algumas dicas para os pais contarem histórias para seus filhos em casa. 

1. Seja ora narrador, ora personagem 
Para Carlos Grahamhill, educador-intérprete em linguagem de sinais do CCBB Educativo, um dos segredos para prender a atenção das crianças é usar a “mobilidade do sujeito”. Mas o que é isso? É quando o pai ou a mãe, ao contar uma história ao filho, assume o narrador e as personagens da história ao mesmo tempo, interpretando cada um à sua maneira. “Existe essa brincadeira de ir e voltar, e as crianças entendem e admiram isso”, explica. Talvez você até já pratique a técnica. Ou nunca engrossou a voz para fazer o Lobo Mau, afinou para fazer a Vovozinha e normalizou o tom ao retomar a narrativa de Chapeuzinho Vermelho? 

2. Não se preocupe com o seu desempenho 
Giba Pedroza, contador de histórias e pesquisador da literatura infantil e tradição oral, autor do CD-livro “Girasonhos – Roda de Histórias”, também dá um recado que poderá servir para muitos pais: não se preocupe com o desempenho. “O importante é compartilhar com alguém que você gosta um momento único”. Que é de carinho, de afeto e de aconchego. Desta forma, contar histórias será mais fácil aos pais – e ouvi-las terá mais significado para as crianças. 

3. Crie o hábito de contar histórias 
Carlos Grahamhill comenta que, com agendas cheias de compromissos e trabalho, muitos pais deixam a responsabilidade de cuidar dos filhos nas mãos de outras pessoas. Mas nada impede que sejam reservados entre 15 e 30 minutos por dia – à noite, por exemplo – para contar uma história, mesmo que seja pela metade. “A criança lembrará da história no dia seguinte, e assim, a contação se torna um hábito”, diz. Giba Pedroza concorda. Segundo ele, contar histórias é um momento de ritual afetivo e familiar e, por isso, ter o hábito de contar e ouvir histórias todos os dias – mesmo que sejam puxadas pela memória dos pais – é muito importante na vida da criança. 

4. Use objetos como personagens 
Na falta de um livro novo, para atender a um pedido do filho ou até mesmo por vontade própria, é comum que os pais acabem precisando criar uma história novinha em folha. Nessa hora, Carlos diz que usar objetos que estão por ali, no campo visual da criança, é uma boa pedida. “Pegue uma bolinha com a qual a criança já está acostumada e coloque-a para falar”, sugere. 

5. Relembre sua infância 
Para a contadora de histórias Vanessa Castro, não há referência melhor para os pais do que a própria infância. “Nós todos tivemos aventuras na vida. Recontá-las é uma boa ideia”, diz ela. Recontar as histórias ouvidas quando pequenos também é uma opção certeira. 

6. Conheça a história antes de contá-la 
Daniela Chindler, produtora cultural e contadora de histórias, dá um conselho direto: “só conte histórias de que você gosta”. Ana Luiza Lacombe, atriz e contadora de histórias, assina embaixo: “nunca se deve pegar um livro ao acaso e ler para seu filho, sem ter lido antes. Se o pai não gostar e achar a história boba, como ele vai ter prazer em contá-la?”. 

7. Aproprie-se da história 
Segundo Zé Bocca, ator, contador de histórias e vice-presidente do Instituto Conta Brasil, não adianta querer contar histórias se também não se aprecia ouvir e ler histórias. “Não tem segredo para prender a atenção da criança. Depende somente de você se apropriar da história”, diz. Por isso, é necessário gostar de fazer aquilo e se colocar no papel de ouvinte. Além de, é claro, ler – e bastante. De acordo com Alessandra Giordano, ter um repertório de histórias tornará mais fácil compartilhá-las com os filhos. E levá-los aos quatro cantos do mundo por meio delas. 

8. Encontre o momento propício 
O que deve também ser levado em consideração, segundo Ana Luiza, é o momento de se contar uma história. Se a criança está com outro foco de interesse, colocar uma história neste momento é inadequado. “Um momento adequado muito comum é a hora de dormir”, diz. À noite, a voz dos pais é diferente da voz que acompanha a correria do dia a dia. Ela sugere que os pais se dêem conta de que a hora de dormir é o momento da voz de acolhimento, do embalar, de levar para outro universo. 

9. Observe a faixa etária do seu filho 
O último ponto importante, levantado por Ana Luiza, é a escolha das histórias adequadas à faixa etária da criança. “É preciso entender a condição do pensamento daquela criança. Os assuntos são interessantes para uma criança dependendo da faixa etária em que ela está”, diz. Para ter certeza de não estar contando uma história incompreensível ao seu filho, vale a pena contar com a ajuda da escola em que ele estuda. “Os profissionais da área podem orientar e ajudar na seleção de repertório”, afirma. Afinal, para acolher uma história, as crianças precisam estar prontas para ela. 


Fonte  http://delas.ig.com.br/filhos/9-dicas-para-contar-historias-em-casa/n1237995718177.html - Acesso em 28/10/2013

domingo, 27 de outubro de 2013

1º Festival Literário de Navegantes


LOCAL: Paço Municipal
PROGRAMAÇÃO:
Feira do Livro de 28 de outubro a 03 de novembro, das 9 às 20:30 h.
28/10 – SEGUNDA-FEIRA
9:00 - Abertura com apresentação do Boi de Mamão
9:15 - Guia de leitura  - Biblioteca Contém Cultura
9:30 - Um rio de histórias – passeio pelo Rio Itajaí no Ferry Boat
10:00 - Narrativas no Coreto – Roda de histórias
11:00 - Intervenção artística
13:30 -  Contém Cultura - Oficina Filtro dos Sonhos (agendado)
14:30 - Caverna das Letras – Roda de histórias
15:00 - Curta Navegantes – Mostra de curtas produzidos por produtores com apoio da Lei de Incentivo à Cultura – Local Contém Cultura. Estrela do mar -Rainha dos Navegantes - Carol Westerkamp
15:30 - Narrativas no Coreto – Roda de histórias
16:00 - Oficinas de Artes Visuais (agendado)
18:00 - Sarau Dengo Dengo – Terno de Reis e música
20:00 - Coquetel de abertura à bordo. Passeio pelo Rio Itajaí.
20:30 - Encerramento das atividades.        
29/10 – TERÇA-FEIRA
9:00 - Abertura com apresentação do Boi de Mamão
9:15 - Guia de leitura  - Biblioteca Contém Cultura
9:30 - Um rio de histórias – passeio pelo Rio Itajaí no Ferry Boat
9:45 -  Workshop de Palhaço – Caverna das Letras
10:00 - Narrativas no Coreto – Roda de histórias
10:30 - Palestra Educação Patrimonial
11:00 - Intervenção artística
13:30 -  Contém Cultura - Oficina Filtro dos Sonhos  (agendado)
14:30 - Caverna das Letras – Roda de histórias
15:00 - Curta Navegantes – Mostra de curtas produzidos por produtores com apoio da Lei de Incentivo à Cultura – Local Contém Cultura. A Passagem e suas histórias - Vilma Mafra
15:30 - Narrativas no Coreto – Roda de histórias
16:00 - Oficinas de Artes Visuais (agendado)
18:00 - Sarau Dengo Dengo - Terno de Reis
18:45 - Apresentação do Coral Contém Cultura
19:00 - Conversa com Escritora; Patrícia Galelli fala sobre seu livro de contos Carne Falsa (Ed. da Casa)
20:00 - Apresentação musical : Audioback – lançamento de CD patrocinado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura  e Encerramento das atividades
20:30 Cine poesia: Mostra de vídeos de poesia com presença do autor Rudá de Andrade – Instituto Caracol
30/10 – QUARTA-FEIRA
9:00 - Abertura com apresentação do Boi de mamão
9:15 - Guia de leitura  - Biblioteca Contém Cultura
9:30 - Um rio de histórias – passeio pelo Rio Itajaí no Ferry Boat
10:00 - Narrativas no Coreto – Roda de histórias
10:30 - Palestra Educação Patrimonial
11:00 - Intervenção artística 
13:30 -  Contém Cultura - Oficina Filtro dos Sonhos  (agendado)
14:30 - Caverna das Letras – Roda de histórias
15:00 - Curta Navegantes – Mostra de curtas produzidos por produtores com apoio da Lei de Incentivo à Cultura. – Contém Cultura. Navegantes - Rogério Pinheiro
15:30 - Narrativas no Coreto – Roda de histórias
16:00 - Oficinas de Artes Visuais (agendado)
16:30 - Lançamento do Livro Um Cavalo para Eduardo. Sessão de autógrafos com o autor  Antônio Carlos Floriano e com a ilustradora Márcia Cardeal. Coreto Municipal.
17:30 - Terno de reis
18:00 - Sarau Dengo Dengo – Música
19:00 - Conversa com escritores :
Lançamento do Livro 15'39" de  Demétrio Panarotto
19:30 - Palestra: Ver com olhos Livres: Antropofagia e Poesia Moderna com Rudá de Andrade, Mediação Alexandre Nodari.
20:30 -  Encerramento das atividades
31/10 – QUINTA-FEIRA
9:00 - Abertura com intervenção artística
9:15 - Guia de leitura - Biblioteca Contém Cultura
9:30 - Um rio de histórias – passeio pelo Rio Itajaí no Ferry Boat
9:45 - Workshop de Palhaço – Caverna das Letras
10:00 - Narrativas no Coreto – Roda de histórias
10:30 - Palestra Educação Patrimonial
10:30 - Oficina de artes visuais
11:00 - Caverna das Letras – Roda de histórias
13:30 - Contém Cultura - Oficina Filtro dos Sonhos  (agendado)
14:30 - Premiação do 2º Concurso Escolar de Poesia Portonave
15:00 - Intervenção artística – Escola de Música É o Som!
15:30 - Narrativas no Coreto – Roda de histórias
16:00 - Curta Navegantes – Mostra de curtas produzidos por produtores com apoio da Lei de Incentivo à Cultura. – Local Contém Cultura. Montagem e Desmontagem: a restinga como caleidoscópio - Patrícia Costa
6:00 - Apresentação grupo de Dança Contém Cultura
17:30 - Terno de Reis
18:00 - Sarau Dengo Dengo – Música
19:00 - Lançamento da plaquete de poesia “As Cinco Mulheres Pagãs” poemas de Cristiano Moreira e desenho de Fernando Karl.
20:30 - Encerramento das atividades
01/11 – SEXTA-FEIRA
9:00 - Abertura  com oficina de artes visuais
9:15 - Guia de leitura  - Biblioteca Contém Cultura
9:30 - Um rio de histórias – passeio pelo Rio Itajaí no Ferry Boat
9:45 -  Workshop de Palhaço – Caverna das Letras
10:00 - Narrativas no Coreto – Roda de histórias
10:30 -  Sessão de Cinema - Contém Cutura
11:00 - Caverna das Letras – Roda de histórias
14:00 - Sarau literário – Sec. Educação (escolas municipais)
16:00 - Curta Navegantes – Mostra de curtas produzidos por produtores com apoio da Lei de Incentivo à Cultura. – Local Contém Cultura. Essa Gente Navegante - Bhig Vilas Boas
16:00 - Apresentação grupo de Dança Contém Cultura
17:00 - Intervenção artística
17:30 - Narrativas no Coreto – Roda de histórias
18:00 - Sarau Encerramento
19:00  - Show Transfinito com Zeh Rocha
20:30 -  Encerramento do Festival Literário.
20:30 - Início do 3º Embarque no Som – Festival de Música patrocinado pelo Fundo Municipal de Cultura de Navegantes.
Promoção:
Fundação Cultural de Navegantes, com apoio da Prefeitura de Navegantes, Instituto Caracol, empresa de Navegação Santa Catarina e Portonave.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Dia Nacional do Livro

Ler é uma forma de diversão
Ler é uma forma de diversão



No dia 29 de outubro é comemorado o dia nacional do livro.
Para a primeira biblioteca do Brasil, Portugal disponibilizou um acervo bibliográfico muito rico, vindos da Real Biblioteca Portuguesa, com mais de sessenta mil objetos. O acervo era composto por medalhas, moedas, livros, manuscritos, mapas, etc.
As primeiras acomodações da Biblioteca foram em salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, na cidade do Rio de Janeiro.
A escolha da data foi em razão da transferência da mesma para outro local, no dia 29 de outubro de 1810, fundando-se assim a Biblioteca Nacional do Livro, pela coroa portuguesa.
Da data da fundação até por volta de 1914, para se fazer consultas aos materiais da biblioteca era necessária uma autorização prévia.
Os livros são um conjunto de folhas impressas, onde o escritor coloca suas ideias, a fim de deixá-las registradas ou para que outras pessoas possam tomar conhecimento das mesmas. Eles podem variar no gênero dos textos apresentados, sendo documentário, romance, suspense, ficção, autoajuda, bíblico, religioso, poema e poesia, disciplinas escolares, profissões e uma infinidade de áreas.
Para se publicar um livro, o autor deve procurar uma editora a fim de apresentar seu material, que deverá estar devidamente registrado em cartório, para garantir os direitos autorais.
A editora se encarrega de fazer a correção do texto, de acordo com as normas cultas da língua, além de sugerir algumas melhoras ao mesmo. Após a edição do texto, a editora cuida do título da obra, que deve servir como atrativo ao público, passando então para o preparo da capa, através da ilustração, impressão da quantidade de volumes e montagem dos exemplares.
A editora também é responsável pela divulgação do material, pois é de seu interesse vender o produto.
Após a criação da prensa tipográfica, por Johannes Gutenberg (1398-1468), deu-se a publicação do primeiro livro em série, que ficou conhecido como a Bíblia de Gutenberg. A obra foi apresentada em 642 páginas e a primeira tiragem foi de duzentos exemplares. Essa invenção marcou a passagem da era medieval para a era moderna.
O primeiro livro publicado no Brasil foi Marília de Dirceu, escrito por Tomás Antônio Gonzaga. Na época, o imperador do país fazia uma leitura prévia dos mesmos, a fim de liberar ou não o seu conteúdo, funcionando como censura.
Em 1925, Monteiro Lobato, escritor e editor, autor do Jeca Tatu e do Sítio do Picapau Amarelo, fundou a Companhia Editora Nacional, trazendo grandes possibilidades de crescimento editorial para o Brasil.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Acesso: 
http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/dia-nacional-livro.htm
 em 25/10/2013

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Novos livros infantis convidam à leitura compartilhada

A Tarde - 11/10/13

Literatura é igual a cartola mágica. Dos livros a gente tira todo tipo de história: de gente, de bicho, de um mundo muito muito distante ou do quintal do vizinho. Cada virada de página pode desembocar em aventuras diferentes, contadas com imagens e palavras.

Não importa se a criança é muito pequena e não sabe ler. O que vale é estar ao lado dela desde aquele momento mágico em que descobre cores, formas, texturas e primeiras palavras até quando ganha independência com seus personagens e histórias favoritos.

Para o arte-educador José Rêgo (Pinduca), a graça da brincadeira está em reconhecer o que pode emocionar o leitor, independentemente da idade. Ele destaca que a escolha do livro é apenas o primeiro passo para criar uma parceria no mundo da leitura compartilhada entre adultos, crianças e adolescentes. 

"É importante que haja essa parceria, que a criança encontre outro leitor mais experiente, com quem faça essa caminhada. O adulto é um coleitor. A descoberta feita conjuntamente vincula a criança àquele livro, ao qual depois ela volta com autonomia, pois já sabe o fluxo", diz o mestre em educação. Essa parceria pode se estender para amigos, irmãos e primos.

Interação

A interação entre pais e crianças pequenas foi um dos aspectos que surpreenderam Míriam Leitão, jornalista especializada na cobertura econômica, no feed back de seu primeiro livro infantil, A Perigosa Vida dos Passarinhos Pequenos.

"Imaginei que o livro era para crianças a partir de 7, 8 anos, que leem sozinhas, porque ele tem um texto grande e desafia a tendência atual. Vi que crianças menores acompanham a leitura feita pelos pais, tios, avós, padrinhos. Eles acabam podendo pensar juntos sobre as várias ideias que eu passo ali", explica a ganhadora do Jabuti 2012 na categoria não-ficção, com a obra Saga Brasileira: a Longa Luta de um Povo por sua Moeda.

Sensação parecida experimentou Gilberto Pinto, que estreia na literatura com a trilogia A Saga do Menino Callu. "Fiz pensando em um público entre 10 e 16 anos. Mas com a história pronta, percebi que o público mais velho também se identifica com o livro".

O primeiro livro da série será lançado em formato digital (e-book à venda na Amazon), no dia 24, na Fliquinha, programação da Festa Literária Internacional de Cachoeira destinada ao público infantil.

Mundo de temas e formas

Gilberto Pinto buscou inspiração na própria cultura baiana. A Saga do Menino Callu conta as aventuras misteriosas de um menino que descobre ter grandes poderes ofertados por forças da natureza. Já Míriam Leitão partiu da experiência com os pássaros de sua fazenda em Minas Gerais para falar de questões importantes.

"Eu não uso as palavras ecológico, ambiental, nada disso. O livro trata não só da questão ambiental, sem os jargões e sem pregação, lição de moral, mas como aventura, e assim também fala das relações humanas", explica Míriam. As belas ilustrações de seu livro funcionam como um guia de aves das matas e campos da região Sudeste.

Diante da imensidão de histórias disponíveis, vale levar em conta o conselho do especialista e prestar atenção no gosto de cada criança para acertar, já que, se lido da forma certa, a idade é um elemento secundário na hora de escolher um livro.

Assim, dá para apresentar aos pequenos importantes autores, como Clarice Lispector, que escreveu a "pedido-ordem" de seu filho O Mistério do Coelho Pensante, ou Manuel Bandeira, por meio do poema Na Rua do Sabão, publicado originalmente em 1920 e que agora ganha independência infantojuvenil.

Bichos do Lixo, ilustrado com colagens de Ferreira Gullar, é outra publicação que apresenta o texto poético e aguça a imaginação dos jovens leitores de todas as idades.

Diabos, Ogros e Princesas deve cair nas graças daqueles que já se aventuram pelas histórias assustadoras e, sobretudo, têm consciência que elas vêm de outras culturas.

Aos maiorzinhos, que por volta dos 12 ou 13 já não se sentem mais crianças, vale introduzir ao universo de Shakespeare com a releitura de Sonho de Uma Noite de Verão feita pelo paulista Dionisio Jacob.

Já Pedro Pedreiro traz a letra da célebre canção de Chico Buarque em um pequeno livro-objeto de design interessaníssimo, que permite ser "desenrolado" e lido por muitas mãos. Tudo para deixar os adultos com vontade de ter em casa também.
Dicas de leituras

Um amor de bebê
Mary França (texto) e Eliardo França (ilustração)
Editora: Global
16 páginas
R$ 18,90

Amalu perdeu um botão
Gian Calvi (texto) e Daniel Villalobos (ilustrações)
Global
56 páginas
R$ 35

O Mistério do Coelho Pensante
Clarice Lispector (texto) e Kammal João (ilustrações)
Rocco Pequenos Leitores
48 páginas
R$ 39,50

Diabos, Ogros e princesas
Ernani Ssó (texto) e Martina Schreiner (ilustração)
Artes e Ofícios
64 páginas
R$ 29

Sonho de uma Noite de Verão
Dionisio Jacob (texto)
Edições SM
240 páginas
R$ 25

Foi na Primavera
Angela Nanetti (texto) e Roberto Innocenti (ilustração)
Edições SM
142 páginas
R$ 38

Pedro Pedreiro
Chico Buarque (texto) e Fernando Vilela (ilustração)
Casa da Palavra
48 páginas
R$ 39,90

Rato
Paulo Tati e Edith Derdyk (texto) e Laurent Darcon (ilustração)
Melhoramentos
48 páginas
R$ 44

Na Rua do Sabão
Manuel Bandeira (texto) e Odilon Moraes (ilustração)
Global
16páginas
R$ 25

Sabeláonde
Cristiana Valentini (texto) e Philip Giordano (ilustração)
Caramelo
30 páginas
R$ 29,90

Bichos do Lixo
Ferreira Gullar (texto e ilustração)
Casa da Palavra
88 páginas
R$ 49,90

Débora conta Histórias
Débora de Moura (texto) e Bruna Assis Brasil (ilustração)
Alfaguara
32 páginas
R$ 34,90

A Saga do Menino Callu
Gilberto Pinto (texto) e Ana Luísa Medeiros (ilustração)
Independente
Disponível na Amazon a partir do dia 24

A Perigosa Vida dos Passarinhos
Míriam Leitão (texto) e Rubens Matuck (ilustração)
Rocco Pequenos Leitores
52 páginas
R$ 34,50

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

De onde vem o “cheiro de biblioteca”?

Hype Science - 06/10/13
Biblioteca Antiga
Adorado por alguns e detestado por outros (especialmente por quem tem rinite alérgica), o cheiro típico de lugares abarrotados de livros antigos normalmente surge de um composto chamado lignina, presente em livros fabricados entre a metade do século 19 e meados dos anos 2000 (e, em alguns países, em livros fabricados até hoje).

Essa substância começou a ser utilizada quando fabricantes de livros substituíram o algodão ou o linho por fibras de celulose. Infelizmente, a lignina é bastante instável, e com o passar do tempo diminui a acidez do papel, o que pode torná-lo frágil e quebradiço. Esse processo pode ser interrompido por substâncias como óxido de magnésio, mas o tratamento deve ser feito com cautela, para não causar estragos ainda maiores.

A ciência da preservação

Uma química da Universidade de Strathclyde (Escócia) chamada Lorraine Gibson criou o projeto Heritage Smells (“Odores de Herança”), no qual são usados espectômetros de massa para identificar, em estágios iniciais, o envelhecimento de livros que contêm lignina.

A iniciativa, se inspirar ações similares, pode ajudar na preservação de milhões de livros.


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Literatura para o Dia das Crianças

Cinco autores infantojuvenis falam sobre leituras que marcaram suas infâncias

DANILO VENTICINQUE
08/10/2013 07h40 - Atualizado em 08/10/2013 12h42
Falta menos de uma semana para o Dia das Crianças e, conhecendo um pouco os hábitos de consumo dos brasileiros, é seguro supor que mais da metade dos pais ainda não comprou presentes para seus filhos. A coluna de hoje é para eles. Esqueçamos, por um momento, a política da Feira de Frankfurt e o absurdo da proibição das biografias não autorizadas. Há um tema literário mais urgente e relevante: as centenas de milhares de pais que não comprarão livros para o Dia das Crianças.
É óbvio, é indiscutível, é evidente que pais deveriam presentear seus filhos com livros. Escrever um texto para tentar convencê-los disso deveria ser tão absurdo e redundante quanto argumentar sobre a necessidade de dar banho nas crianças ou matriculá-las na escola. Infelizmente, muitos pais nem pensam em dar livros no Dia das Crianças. Isso diz muito sobre eles – e sobre os hábitos de leitura de seus filhos no futuro. As escolas até fazem sua parte, mas o incentivo familiar é fundamental para que crianças aprendam a gostar de ler. Essa deveria ser uma preocupação diária. O Dia das Crianças é uma boa data para assumir esse compromisso, ou para reafirmá-lo.
Um texto sobre uma data comemorativa como essa não estaria completo sem uma lista de sugestões de presentes. Decidi pedir a ajuda de cinco autores brasileiros que fazem sucesso entre crianças e adolescentes de várias idades. Eles me contaram histórias sobre livros que leram na infância e os transformaram em pessoas apaixonadas pela literatura. As obras desses autores e suas indicações são um bom ponto de partida para os pais que querem apresentar a literatura aos seus filhos, e uma ajuda para os que ainda não escolheram o que comprar para o dia 12 de outubro.
  

Flávia Lins e Silva (Foto: Divulgação)
Flávia Lins e Silva, autora de Os detetives do prédio azul (Pequena Zahar)
Peter Panna versão do Monteiro Lobato, foi o primeiro livro "grande" que me fez largar tudo para ficar na cama lendo e voando rumo à Terra do Nunca. É um livro mesmo apaixonante: tem fada, tem uma cachorro como babá, tem uma janela para um novo mundo... acho que naquela época só tínhamos mesmo a versão do Lobato no Brasil. Só anos depois fui ler a versão original e gostei mais ainda. É um livro ao qual se pode voltar muitas vezes. E a cada vez que eu o leio, me sinto voltando à minha cama de menina, na casa de minha mãe, aquele lugar aconchegante da minha infância, minha própria Terra do Nunca.”

Thalita Rebouças (Foto: Reprodução e Divulgação)
Thalita Rebouças, autora de Ela disse, ele disse - o namoro, em parceria com Mauricio de Sousa (Rocco Jovens Leitores)
“O primeiro livro que li e que lembro de ter me apaixonado foi Marcelo, Marmelo, Martelo e Outras Histórias, da Ruth Rocha. Lembro de ter dado boas gargalhadas lendo sobre a história do menino perguntador, que queria mudar as palavras e entender o porquê de tudo. Eu era exatamente assim, inquieta e contestadora, e foi imediata a sensação mágica de conexão com aquele personagem. Sonhei com o dia em que nos encontraríamos e deixaríamos os adultos loucos com tantas interrogações e palavras inventadas. Ruth Rocha me fez acreditar que aquele menino podia ser meu amigo, me fez rir, me aproximou do hábito da leitura e me fez querer ler e reler a história mil vezes.”

Fabio Yabu (Foto: Reprodução e Divulgação)
Fábio Yabu, autor de Princesas do mar (Panda Books)
“Eu não tive um único livro que fez eu me apaixonar pela literatura, mas citaria a obra da Lúcia Machado de Almeida, da antiga série Vagalume. Eu devia ter uns 8 ou 9 anos quando comecei a ler os livros dela, e me apaixonei por seu universo e por todos os outros autores da série até então, como Marcos Rey, Maria José Dupré, Pedro Bandeira, entre outros.”

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Stella Maris (Foto: Reprodução e Divulgação)
Stella Maris Rezende, autora de As gêmeas da família (Globo Livros)
"O que livro que mais me marcou, quando eu era bem pequenininha mesmo, foi As mais belas histórias, da Terezinha Casassanta. Era uma antologia de narrativas tradicionais. O título me instigava. A tradução era maravilhosa, muito bem feita. A professora lia para a classe e me apaixonei pela forma de contar as histórias. Foi livro que me fez descobrir a biblioteca. Levei para casa, li inúmeras vezes e a cada vez descobria novos detalhes e me encantava com novas histórias. Temos muitas antologias maravilhosas hoje em dia, mas essa infelizmente não é mais editada. Logo depois, comecei a ler os poemas da Cecília Meireles no livro Ou isto ou aquilo. Adorava musicalidade dos poemas dela, o ritmo, a brincadeira com as palavras. São poemas com uma força literária enorme. Ela não subestima a inteligência das crianças. A gente nasce gostando de poesia."

Blandina Franco (Foto: Reprodução e Divulgação)
Blandina Franco, autora de A caraminhola da minhoca, com José Carlos Lollo (Companhia das Letrinhas)
"Meu pai era escritor e passei minha infância ouvindo o barulho da sua máquina de escrever, que batucava no porão da nossa casa entre centenas de livros. Só isso já é bastante coisa pra fazer uma criança gostar de histórias, mas acontece que eu passava minhas férias na fazenda de minha avó numa época em que, pra telefonar tínhamos que ir até a cidade, e ligar a televisão era uma coisa que só acontecia de noite, então os livros sempre foram bons companheiros pra mim. Meus pais sempre me disseram que eu devia ler tudo o que gostasse e quando sentisse vontade; não precisava ser um clássico, valia tudo: Monteiro Lobato, contos de fadas, gibis, Asterix, Lucky Luke, Tintim...
Então eu sempre tive todo tipo de leitura ao alcance da minha mão, e acho que por isso não tive um livro em especial que tenha me marcado, tive muitos. Quando menor o que eu mais gostava era a coleção completa de contos de fadas chamada Fábulas encantadas, quando cresci um pouco, comecei a devorar os romances de Anne Golon protagonizados por uma heroína chamada “Angélica, a marquesa dos anjos”, que passava por todos os tipos de problemas enquanto pensava em seu amor, um conde heroico com uma enorme cicatriz no rosto. Depois disso, li todos os livros da Agatha Christie e policiais que caíssem nas minhas mãos, coisa que faço até hoje. Como vocês podem ver obedeci meus pais direitinho, li tudo o que me dava prazer e sempre que tive vontade."

Prêmio São Paulo de Literatura 2013 anuncia finalistas

Entre os nomes, o de Daniel Galera, com "Barba ensopada de sangue", e Luisa Geisler, com "Quiçá"


Prêmio São Paulo de Literatura 2013 anuncia finalistas Ricardo Duarte/Agencia RBS
Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS
Foram anunciados na tarde desta quinta-feira os 20 livros finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura, promovido pelo Governo do Estado de São Paulo. São 10 escritores concorrendo ao prêmio de R$ 200 mil da categoria Melhor Livro do Ano e outros 10 na categoria Melhor Livro do Ano de Autor Estreante. Entre eles,Daniel Galera, com Barba ensopada de sangue e Luisa Geisler, com Quiçá.
Este ano, o Prêmio tem uma novidade para os estreantes: serão contemplados dois escritores, um com mais de quarenta anos e outro com até quarenta anos, cada um com valor de R$ 100 mil. Todos os livros finalistas foram publicados em 2012.
Confira a lista completa de indicados:
MELHOR LIVRO DO ANO
Daniel Galera - Barba ensopada de sangue (Cia das Letras)
Evandro Affonso Ferreira - O mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo Rotterdam (Record) 
Elvira Maria Vigna Lehmann - O que deu para fazer em matéria de história de amor (Companhia das Letras) 
Francisco J.C. Dantas - Caderno de ruminações (Objetiva) 
José Luiz Passos - O sonâmbulo amador (Objetiva) 
Miguel Sanches Neto - A máquina de madeira (Companhia das Letras) 
Ricardo Lísias - O céu dos suicidas (Objetiva) 
Ronaldo Correia de Brito - Estive lá fora (Objetiva)
Zuenir Ventura - Sagrada família (Objetiva) 
Xico Sá - Big Jato (Companhia das Letras)
MELHOR LIVRO DO ANO - AUTOR ESTREANTE
Mais de 40 anosAntonio Geraldo Figueiredo Ferreira - As visitas que hoje estamos (Iluminuras) 
Luize Valente - O segredo do oratório (Record) Maria Silvia de Souza Camargo - Quando ia me esquecendo de você (7 Letras) 
Paula Fábrio - 
Desnorteio (Patuá) 
Roberto Schaan Ferreira - 
Por que os ponchos são negros? (Editora da Cidade) 
Rodrigo Fonseca Barbosa - 
O homem que não sabia contar histórias (Record)
Até 40 anos Jacques Fux - Antiterapias (Scriptum) 
Antônio Salvador - 
A condessa de Picaçurova (Prólogo)
Luisa Dalla Valle Geisler - Quiçá (Record) 
Raphael Montes de Carvalho - 
Suicidas (Benvirá)
Criado em 2008 pela Secretaria de Estado da Cultura, o Prêmio São Paulo de Literatura é o que concede a maior premiação do País - R$ 400 mil no total. Ao todo, 187 obras foram enviados para inscrição, sendo que 168 obras de todo o País entraram na competição. Todos são livros de ficção no gênero romance - ênfase característica do Prêmio desde sua criação, em 2008, inspirado no britânico Booker Prize.
O anúncio do resultado final do Prêmio será feito no dia 25 de novembro, no auditório do Museu da Língua Portuguesa.


terça-feira, 8 de outubro de 2013

Frankfurt enfrenta o auge do livro eletrônico

Info Exame - 27/09/13

Livro eletronico
O auge do livro eletrônico e a concorrência que as editoras tradicionais enfrentam perante o comércio na internet será um dos eixos da Feira do Livro de Frankfurt, que começa no próximo dia 9 de outubro e que tem nesta edição o Brasil como país convidado.

O diretor da Feira, Jürgen Boos, apresentou nesta sexta-feira (27) em Berlim as principais novidades desta edição, na qual são esperados mais de sete mil expositores de quase uma centena de países, que continua sendo o principal ponto de encontro do mundo editorial.

A feira, explicou Boos, não quis permanecer alheia aos principais desafios do setor, que discutirá em Frankfurt a pujança de empresas como a Amazon, o futuro das bibliotecas atuais e o risco de "saturação" dos potenciais leitores perante a em massa oferta de conhecimentos.

"É um desafio e ao mesmo tempo uma oportunidade", disse Boos, que destacou a "relativa boa evolução" do setor do livro em nível global.

Também terão um espaço destacado em Frankfurt as inovações das editoras mais jovens, o crescente fenômeno da autoedição e a aposta de empresas de fora do setor nos livros como complemento de suas outras atividades.

Um exemplo claro, disse Boos, seria o do Angry Birds, popular jogo para dispositivos móveis que se traduziu em dezenas de produtos com o desenho animado de seus furiosos pássaros e que finalmente chegou ao mundo literário.

O Brasil, como país convidado, será representado por 90 autores e pelo vice-presidente Michel Temer na feira.

Após ressaltar o esforço realizado para traduzir muitos escritores cujos livros só estavam em português, Boos destacou a plataforma que a feira representará para criar uma rede de contatos entre o mundo editorial e a pujante literatura brasileira.

No total, serão apresentados 260 títulos relacionados com o Brasil, entre eles 117 livros de literatura brasileira traduzidos para o alemão com ajuda de um fundo especial.

A literatura infantil e juvenil e o "livro valioso", com desenhos e materiais exclusivos, voltarão também a ter espaço próprio e destacado em uma feira cada vez mais internacional, apontou seu diretor.

Além do Brasil, Boos ressaltou o vigor do mercado editorial em outras potências emergentes como China e Indonésia, com uma grande presença na feira, mas também participação de países como o Afeganistão e Coreia do Norte.


Itaú lança nova campanha nacional de incentivo à leitura para crianças

Portal da Propaganda - 07/10/13

O Itaú lançou, no dia 5 de outubro, uma nova campanha nacional de incentivo à leitura para crianças. Nesta ação, os adultos são convidados a ler paras as crianças e, para apoiar esse convite, o banco oferecerá gratuitamente 2,2 milhões de Coleções Itaú de Livros Infantis, totalizando 4,4 milhões de exemplares. Pais, educadores, voluntários de instituições sociais e demais interessados em aderir à mobilização têm acesso às coleções por meio do site www.itau.com.br/itaucrianca. Após a realização do cadastro, o material é enviado gratuitamente pelos Correios para todo o país.

A campanha tem novamente um plano de comunicação integrado: TV, mídia impressa, mídia online, ações em redes sociais, spot de rádio, encartes especiais, peças de mídia exterior e aplicativo para smartphone.

“A educação como parte da nossa causa é um dos pilares que muda o mundo. Nesse contexto, temos muito carinho com essa campanha e voltamos novamente à mídia com peças bem lúdicas e divertidas, a fim de impactar não somente as crianças como os pais também, para que leiam cada vez mais e incentivem esse movimento”, afirma Eduardo Tracanella, Superintendente de Marketing Institucional do Itaú Unibanco. "As pessoas são impactadas por uma quantidade cada vez maior de assuntos e acabam fazendo uma curadoria, estando abertas à conversa relevante, que traga um ponto de vista claro e inspirador das marcas. O segredo dessa campanha é trazer essa conversa para a pauta das pessoas de um jeito leve e inspirador, para que seja compartilhada e vivenciada de um jeito lúdico pelas pessoas", acrescenta o executivo.

No novo filme, personagens clássicos das histórias infantis buscam os adultos, no meio das suas tarefas cotidianas, para ler para uma criança. O conceito da campanha, criada pela DPZ, reforça essa ideia: "As histórias precisam de você para fazer parte da vida das crianças." A campanha traz de volta alguns personagens que já tinham feito sucesso no ano passado - como o Sapo, o Lobo Mau e a Chapeuzinho - agora com o reforço de dois novos personagens - o Gigante e o Dragão.

"O objetivo da campanha é lembrar aos adultos que ler para as crianças precisa ser um compromisso, tem que fazer parte da rotina dos adultos. E depois do sucesso da campanha do ano passado, que inclusive acaba de ganhar um prêmio Effie, o grande desafio deste ano foi criar uma campanha ainda mais integrada, impactante e encantadora”, comenta Rafael Urenha, diretor Nacional de Criação da DPZ.

A campanha conta com teaser de 15" e 2 filmes de 30” para TV, cinema e internet, além de vinhetas de 5” e 7". Conta também com anúncios para revistas e jornais, mobiliário urbano, além de diversas peças e ações de internet. No Dia das Crianças, haverá ainda uma ação especial em parceria com o jornal Metro, com distribuição de máscaras e de um mini-jornal para as crianças. Está sendo lançada também a nova versão do App Itaú Criança, um aplicativo para smartphones com diversos recursos que ajudam os adultos a lerem para uma criança.